A evolução das tecnologias de impressão e seus reflexos no design gráfico

Com o avanço da tecnologia, muitos setores têm evoluído de maneira exponencial. Sendo assim, com a indústria gráfica não seria diferente. Dados recentes da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf) indicam que o mercado tem demonstrado um movimento de estabilização e leve recuperação nos últimos meses de 2024 e no início de 2025. Por conta do desenvolvimento tecnológico, o mercado de design gráfico tem se transformado, devido ao impacto profundo que vem sofrendo.

Para Thiago Leon Marti, Head de Branding, Design e Comunicação da Printi, gráfica que faz parte do Grupo Cimpress e é referência global em média e baixa tiragem, inovações que vão desde a simplificação do processo criativo até a abertura de novas possibilidades de expressão, deixaram um impacto profundo no design gráfico. “A impressão digital, por exemplo, democratizou o acesso à produção e isso permitiu a personalização de produtos e tiragens sob demanda. Por sua vez, a reprodução 3D expandiu as fronteiras da criatividade”, afirma. 

Os processos estão muito mais ágeis atualmente, além de terem sido otimizados. Assim, os prazos e custos foram reduzidos. “A impressão UV (que utiliza luz ultravioleta para secar a tinta instantaneamente após a aplicação no substrato) e a integração com a realidade aumentada e virtual, proporciona experiências interativas em que o produto ganha vida por meio de dispositivos digitais”, acrescenta Thiago. Enquanto isso, a 3D permite a criação de objetos físicos a partir de modelos, abrindo um leque de possibilidades para as empresas.

A sustentabilidade tem sido um fator importante no uso das novas tecnologias nas indústrias gráficas. Sendo assim, um dos focos do setor foi buscar alternativas que reduzissem o desperdício, fazendo uso de tintas ecológicas e substratos reciclados. “O design sustentável só é possível por conta dessa evolução. Hoje em dia, muitos clientes procuram serviços de empresas que estão alinhadas com as práticas ESG”, aponta o executivo. 

Portanto, para se manter no mercado, as gráficas precisam se adequar às modernidades. “A evolução das tecnologias, impulsionadas pela impressão digital e outras inovações, têm democratizado a produção dos materiais, oferecendo maior flexibilidade, personalização e eficiência”, finaliza Thiago.