Afinal, quanto pesa uma palavra? Descubra com o GOGOAME

Quanto pesa uma palavra? Como as letras se comportariam se fossem sujeitadas a forças físicas semelhantes àquelas que são observadas e experimentadas no mundo concreto? Gogoame é um experimento de net art que dá continuidade à tradição de experimentação literária das poesias concreta e visual, transpondo o texto verbal para um universo virtual simulado em …

Quanto pesa uma palavra? Como as letras se comportariam se fossem sujeitadas a forças físicas semelhantes àquelas que são observadas e experimentadas no mundo concreto? Gogoame é um experimento de net art que dá continuidade à tradição de experimentação literária das poesias concreta e visual, transpondo o texto verbal para um universo virtual simulado em que a espacialização do texto contraria a linearidade.

Letras chovem e, em meio à chuva, são formadas palavras e frases. Ao contemplar a chuva de texto, o visitante do site se depara, frequentemente, com palavras que se formam brevemente durante a queda das letras; tais palavras são recuperadas de um banco de dados que contém textos escritos por outros visitantes. Enquanto escritor, o visitante pode fazer chover o seu próprio texto, formado no fluxo constante da chuva.

Gogoame dá continuidade às pesquisas de Pedro Veneroso sobre as interseções entre palavras e imagens, um campo de investigação abordado frequentemente em seus trabalhos. Neste experimento, palavras e letras são utilizadas para representar um fenômeno físico, de forma a proporcionar uma abordagem experimental acerca da produção e recepção textual; ao associar forças físicas e fatores ambientais à composição e espacialização textual, Gogoame apresenta uma alternativa ao texto linear. Em seu poema “Chuva”, Seiichi Niikuni desconstrói o ideograma que significa chuva ( 雨 ) e transforma esse ideograma na estrutura fundamental da chuva, a gota. Nesse poema, a estrutura linguística se transforma em um pictograma que é utilizado para produzir uma imagem que representa a chuva. Gogoame promove uma desconstrução semelhante ao fazer as letras se tornarem gotas e ao associar a composição textual ao fluxo dinâmico de um evento físico simulado. Para isso, Gogoame implementa um motor de física (simulando aceleração, gravidade, vento e outros fatores) que espacializa textos e faz com que letras se comportem como uma chuva, em um fluxo constante e dinâmico.

Gogoame (午後雨), quando traduzido do japonês, significa chuva da tarde. A obra pode ser acessada no site http://gogoame.sumbioun.com

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Pedro Veneroso (1987) vive e trabalha em Belo Horizonte. Bacharel em Artes Visuais (EBA-UFMG) e mestre com distinção em Estudos Literários (FALE-UFMG), o artista pesquisa as interseções entre arte, ciência e tecnologia. Suas pesquisas são baseadas em explorações transdisciplinares que conectam investigações filosóficas e científicas com práticas poéticas que examinam as interações entre os seres humanos, as cidades, as tecnologias e a natureza. Ele criou e exibiu, nacional e internacionalmente, trabalhos de novas mídias, arte computacional, vídeo, fotografia, desenhos e instalações, tendo sido agraciado com o 1º lugar no Festival Conexões Tecnológicas 2008, premiado no 4º Filme em Minas em 2009 e nomeado, no mesmo ano, para o 8º Prêmio Sergio Motta. Pedro participou das residências do LABMIS, em São Paulo (2011), do JA.CA, em Belo Horizonte (2010), e do LABarca, em Florianópolis (2014). Dentre suas exposições, destacam-se: FILE 2016, na FIESP em São Paulo (2016) | Mostra Tempo Movimento, Diário Contemporâneo de Fotografia, em Belém (2015) | Noite Branca, no parque municipal de Belo Horizonte (2012) | Novas aquisições 2010/2012 – Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM do Rio de Janeiro (2012) | Mostra LABMIS, no MIS em São Paulo (2012) | Cross pollenization, em Saint Louis e Bloomington, EUA, e Melbourne, Austrália (2011-2012) | SIANA Nanchang, em Nanchang, China (2009).[/mks_accordion_item]
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Dalmir

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