Mercado de Motion e Animação – Saiba mais com quem entende do assunto

Meu nome é Gabriel Furukawa, tenho 25 anos e atuo como motion designer no mercado de broadcast. Sou formado em design gráfico pela Belas Artes, fotógrafo por hobby, curioso na área de desenvolvimento pessoal e atleta de levantamento olímpico por diversão. Comecei minha carreira estagiando no Grupo TV1, autorando DVDs, onde tive o meu primeiro …

Meu nome é Gabriel Furukawa, tenho 25 anos e atuo como motion designer no mercado de broadcast. Sou formado em design gráfico pela Belas Artes, fotógrafo por hobby, curioso na área de desenvolvimento pessoal e atleta de levantamento olímpico por diversão. Comecei minha carreira estagiando no Grupo TV1, autorando DVDs, onde tive o meu primeiro contato com motion design e descobri o que era o mercado de animação.  Via designers animando vinhetas para empresas gigantes no mercado nacional e fiquei empolgado com a possibilidade, dar movimento às peças de arte.

Comecei a procurar fontes de informação sobre o assunto.

O que é After Effects? Keyframe? GreyscaleGorilla? My name is Andrew Kramer (rs)? Até que surgiu a oportunidade de estagiar na RedeTV diretamente no setor de animação e criação de aberturas. Apesar da distância (2 horas de transporte público) agarrei a oportunidade e foi uma das experiências mais intensas de aprendizado sobre motion e o mercado de animação no Brasil que eu poderia ter e que nenhum curso me proporcionaria.

Lá eu aprendi praticamente toda a base que uso no meu workflow, com alguns dos melhores profissionais que conheci, apaixonados pelo que fazem e que continuam meus amigos até os dias de hoje. Comecei soltando renders já prontos de merchandising para usarem nos telões dos programas e quando não tinha job eu ficava na cola do pessoal, perguntando tudo o que podia e fazendo as minhas animações simples no After Effects. Ia para a faculdade, chegava em casa tarde da noite e fazia algum tutorial do GreyscaleGorilla ou VideoCopilot para acelerar o aprendizado.

Comecei a fazer aberturas simples para o programa Pânico e evolui até ser encarregado, ao lado do DA, de produzir a nova identidade de inverno da época, e que se tornou um dos trabalhos com maior significado para mim. Penei. Aquele job foi um desafio enorme, mas ao mesmo tempo um aprendizado gigante. Saí da RedeTV e fui para a Rede Record, onde continuo trabalhando e evoluindo. Aqui participei do desenvolvimento das artes de editoria de diversos programas, fui confiado a realizar aberturas dos quadros do Hoje em Dia onde desenvolvi minhas habilidades no 3D e trabalhei outros tipos de linguagem não engessados, pois o diretor da época dava bastante liberdade à criação. Agora estou na equipe da Computação Gráfica que desenvolve aberturas e cuida da identidade visual dos produtos da casa, onde aprendo a cada trabalho produzido ao lado de designers que me apoiam e não hesitam em me incentivar.

O mercado de design está, assim como os outros, um tanto estagnado pela atuação do nosso governo.

Mas o quadro não é desesperador! Para quem se atualiza sempre há espaço, penso assim. A área de animação está em alta e a possibilidade de empregos é vasta, seja aqui ou seja fazendo freelas para fora do país – 3 vivas para a internet!

Hoje podemos atuar em produtoras de animação para eventos, mídias externas, websites, televisão, canais de youtube, animações de personagens para videogame, animações para apps, cinematics de videogame, abertura de filmes, efeitos para cinema, composição, modelagem, texturização, iluminação etc. O mercado é vasto e tende a crescer cada vez mais.

Parece uma jornada rápida, mas durou anos e muito estudo. Além da minha formação na Belas Artes, passei por escolas como a Quanta (onde estudei conceitos de desenho por 1 ano), Melies (fiz o curso de desenvolvimento de personagens por mais 1 ano, curso de modelagem 3D, de Iluminação e atualmente estudo Zbrush lá). Sem contar os meus estudos por conta, como os inúmeros tutoriais dos sites GreyscaleGorilla, VideoCopilot, Lynda, Envato, vídeos do Vimeo/Youtube, livros de animação, artbooks, revistas, blogs e eventos… enfim, tudo o que um estudante apaixonado e nerd pelo assunto pudesse fazer eu fiz, rs.

Minhas maiores inspirações vêm do cinema, sketches dos meus artistas preferidos e trabalhos de design artesanal, seja um popup de papel ou um trabalho de crochet.  Gosto dos sketches do Klimt, Egon Schiele e Grampá. Gosto do trabalho do diretor Gaspar Noé. Um filme que gosto muito é Into the Void, os enquadramentos, a iluminação e a temática um tanto perturbadora são bem interessantes. E de artesanato estou com bastante referência de amigurumis de crochet.

A ideia de fazer arte sem um ctrl+z é divertida.”

https://vimeo.com/168259583
Animação feita pelo Gabriel especialmente para o Designers Brasileiros.

Para quem está começando a maior dica que eu posso dar é:

“continue apaixonado”.

Descubra o seu valor e o que te faz sair da cama e ir para a faculdade fazer aquele trabalho chato de semiótica.

aber o seu propósito é o seu maior combustível. Você provavelmente sabe o que não quer. Mas o que você quer? E a partir daí construa o seu caminho. As escolas pelas quais passei considero excelentes e indico para todos. Tenha foco no conceito e no lado artístico, porque amanhã farão outra ferramenta poderosa para o mercado de trabalho e operadores estão aos montes espalhados por aí. Seja curioso sempre! Não há só um caminho, faça o seu.

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Ana Carolina

Ana Carolina

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