O avanço vertiginoso da Inteligência Artificial (IA) está redefinindo os paradigmas operacionais de algumas organizações e segmentos, impulsionando uma revolução que permeia todos os setores da economia. No epicentro dessa transformação está o ChatGPT, uma ferramenta que transcende as barreiras tradicionais da comunicação máquina-humano.No Brasil e no mundo, empresas estão buscando ferramentas de inteligência artificial …
Mercado global de Inteligência Artificial está projetado para crescer 190 bilhões de dólares e tem influenciado as organizações
O avanço vertiginoso da Inteligência Artificial (IA) está redefinindo os paradigmas operacionais de algumas organizações e segmentos, impulsionando uma revolução que permeia todos os setores da economia. No epicentro dessa transformação está o ChatGPT, uma ferramenta que transcende as barreiras tradicionais da comunicação máquina-humano.
No Brasil e no mundo, empresas estão buscando ferramentas de inteligência artificial para ganhar mais eficiência e produtividade, pensando em oportunidades para gerar inovação e, ao mesmo tempo, garantir economias. Segundo dados do Bard, plataforma de IA Generativa do Google, o mercado global de Inteligência Artificial está projetado para crescer 190 bilhões de dólares no próximo ano, à medida que a tecnologia se populariza.
Além disso, desde a chegada do ChatGPT, a IA generativa está se popularizando e vem sendo incorporada dentro de aplicativos diversos, especialmente aqueles de chatbots ou de geração de imagem. A Data AI, empresa especializada em análise de dados das lojas de aplicativos, prevê que no ano que vem os apps com IA generativa vão somar 2,3 bilhões de downloads no mundo, considerando a App Store, a Google Play e as principais lojas do mercado chinês. Isso representará um crescimento de 40% em comparação com 2023.
A projeção da Data AI inclui tanto aplicativos que aplicam IA generativa diretamente, como o próprio ChatGPT e o Character AI, quanto apps que incorporam essa tecnologia em suas ferramentas, como alguns de edição de fotos, edição de vídeo e embelezamento de selfies, e até reprodução de voz com fidelidade absurda.
A IA tem se tornado uma vantagem competitiva para algumas organizações e setores, com aplicação nos mais variados setores da economia, uma vez que permite maior agilidade na tomada de decisões, na automatização de processos, na melhoria da experiência do cliente, entre outras aplicabilidades. No Brasil e no mundo, o Processamento de Linguagem Natural (PLN) emergiu como uma faceta crucial da IA, capacitando as máquinas a compreender e gerar linguagem humana de maneira contextual e significativa. Essa capacidade transformou a maneira como as organizações interagem com clientes, colaboradores e dados.
Já o famoso ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, representa um marco significativo na evolução do PLN. Ao utilizar modelos de linguagem poderosos treinados em grandes conjuntos de dados, o ChatGPT consegue realizar conversas quase naturais, compreendendo contextos complexos e gerando respostas coerentes. Realmente, um turning point, o início de uma revolução.
Alguns setores vêm se destacando e usando a Inteligência Artificial no dia a dia do negócio para inspirar novos projetos. Em plantas de produção de alumínio, por exemplo, drones já fazem rotas operacionais e de inspeção nas unidades. Em paralelo, sensores de monitoramento de ativos permitem acompanhar a “saúde” deles e, com isso, garantir a prevenção de possíveis falhas em equipamentos críticos.
O setor financeiro obviamente não poderia ficar de fora dessa evolução. Empresas de financiamento já usam um algoritmo próprio para negociações de ativos financeiros que considera um histórico de cem anos de cotações – cérebro nenhum tem esse poder de registro, concordam? Esse sistema de IA é capaz de analisar grandes quantidades de dados, incluindo tendências históricas do mercado, artigos de notícias, relatórios financeiros etc. Permite ainda identificar padrões e tendências que podem ser difíceis de serem detectados por seres humanos e tomar decisões de investimento com base em uma gama mais ampla de dados do que é possível para qualquer trader sozinho.
E se a IA atuar como uma consultora de moda digital? Isso já existe. Em uma conhecida marca de roupas femininas brasileira e vendida no exterior, a IA sugere adaptações nas peças de acordo com as tendências de vendas, como as estampas best-sellers, e os algoritmos preditivos, que são baseados no histórico de desempenho e características de produtos e nas respostas dos provões online – ferramenta de votação interna das coleções, feita por colaboradores da marca, para possíveis ajustes finais antes da chegada delas às lojas, cerca de dois a três meses antes do lançamento oficial. As recomendações da IA proporcionam um retorno valioso para a equipe de estilo, facilitando decisões mais precisas e ágeis, tornando todo o processo de produção mais eficiente e econômico.
O que estamos vendo com destaque no mercado são organizações integrando chatbots alimentados por ChatGPT em seus fluxos de trabalho e processos de negócios. Desde o atendimento ao cliente até a automação de tarefas internas, os chatbots estão se tornando uma parte essencial para otimizar operações e melhorar a eficiência. A AI também está desempenhando um papel crucial nas estratégias de marketing, com ChatGPT sendo utilizado para personalizar interações em tempo real. Desde assistentes virtuais em sites até interações personalizadas em campanhas de e-mail, a IA conversacional está elevando a eficácia das estratégias de marketing.
Vale destacar que nesse cenário de constante evolução, a capacidade de adaptação e a consideração ética são fatores cruciais, à medida que as organizações exploram as vastas possibilidades dessas tecnologias. Ou seja, reforço que a inteligência artificial deve funcionar nas organizações como um apoio. É importante que as companhias tenham consciência ao usar os benefícios da AI e, de fato, mesclem as possibilidades que as diversas ferramentas fornecem, com a interpretação e análise do ser humano, entendendo que o cenário atual é apenas o começo…
Por Caio Velloso, CEO da Saving