Ser referência e formador de opinião – Bate-papo com Luiz Yassuda, do B9

Hoje temos uma presença ilustre aqui no Designers Brasileiros: Luiz Yassuda, publicitário, autor do B9, Mupoca e Braincast, juntamente com figuras como Carlos Merigo, Guga Mafra, Cris Dias entre outros. Bom, aqui no Designers Brasileiros falamos sobre tudo referente a Design. Assim como diversos grupos criativos, temos inspirações, e o B9 é uma referência nesse mundo de …

Hoje temos uma presença ilustre aqui no Designers Brasileiros: Luiz Yassuda, publicitário, autor do B9, Mupoca e Braincast, juntamente com figuras como Carlos Merigo, Guga Mafra, Cris Dias entre outros.

Bom, aqui no Designers Brasileiros falamos sobre tudo referente a Design. Assim como diversos grupos criativos, temos inspirações, e o B9 é uma referência nesse mundo de publicidade e propaganda, comunicação no geral, é um dos maiores portais, quiçá o maior não é mesmo?!

A.C: Gostaria que se apresentasse, falasse de você (formação, carreira essas coisas) o que gosta além de boa comida e um bom negroni (rs) para galera conhecer o você mais a fundo.

Yassuda: Bom, eu sou publicitário por formação, graduado pela ECA-USP, e passei a primeira década da minha carreira profissional trabalhando em agências de todo o tipo de porte. Desde as menores e mais moderninhas na época às grandes e bem tradicionais. Aí resolvi tirar um período sabático e desde então toco a minha empresa de mídias digitais e sociais, focando bastante em desenvolvimento de conteúdo. Esta é a parte chata. A parte mais interessante é poder ter um tempinho para produzir coisas que acredito – como os podcasts e algumas coberturas bacanas de eventos – que ajudam a trazer novidades e discussões para as pessoas. Sou modesto, mas acredito que é bem recompensador ouvir das pessoas que elas aprenderam algo numa discussão de Mupoca ou de Braincast.

A.C: Como vocês começaram? Como surgiu a ideia?

Yassuda: Ele começou em 2002 como um blog do Merigo para compartilhar coisas interessantes que aconteciam no mundo da publicidade. Mais tarde, até pelo amadurecimento profissional, começou a se tornar um hub de gente do mercado, seja participando diretamente nas postagens, seja comentando e compartilhando links. E aos poucos foi ganhando a cara que tem hoje – um portal sobre todas as nuances da criatividade e da inovação tecnológica para a comunicação.

A.C: Como foi começar o podcast que é uma linguagem tão diferente do rádio, da tv, da internet.

Yassuda: O embrião do Braincast é mais antigo, quando ninguém ainda falava sobre podcasts no país, exceto alguns poucos heróis. Não existiam players, a Internet era lenta e ruim. Para ouvir podcasts, você tinha que obrigatoriamente baixar um arquivo que levaria, numa boa conexão, pouco menos de uma hora para vir. De lá para cá, o que mudou foi o refinamento da produção, a profundidade dos temas e a manutenção dos formatos que iam dando certo. Quando comecei a participar, já era uma nova fase em que testamos vídeos num formato mais curto, lá por 2010, resgatando o formato podcast em 2012.

A.C: Recentemente você participou do Adobe Summit, evento Adobe que apresenta as novidades, e a sua plataforma, Marketing Cloud, foi a bola da vez .“O conceito defendido pela empresa é que há uma terceira onda digital em que qualquer companhia, independentemente do que produza, deve ser uma gestora de boas experiências digitais com os seus consumidores.” Como foi participar do evento?

Yassuda: Fomos conhecer as novidades a convite da Adobe e, claro, havia bastante coisa acontecendo. Mas é mais importante nessa história toda de “terceira onda” é como o trabalho deve ser feito em comunicação. Embasamento técnico, testes mais ágeis do que funciona e o que não funciona na prática e rapidez para mudar caminhos mudam radicalmente conceitos anteriores de campanha, mesmo as digitais.

A.C: O que mais te surpreendeu dentre as novidades?

Yassuda: Eles estão lançando uma ferramenta que substitui todo o trabalho de criar 523647856239485 banners diferentes para uma mesma campanha. Este custo de produção hoje mantém empresas, parte da criação das agências, e está sendo substituído por um script. É no mínimo para ficar de olho.

A.C: Você fala bastante de tech lá no B9, o que você acha dessa relação design + tecnologia?

Yassuda: Uma não vive sem a outra. Tecnologia se torna acessível para leigos por meio de uma interface bem resolvida. Produtos são mais ou menos comprados se adequam-se à mão do usuário, aos olhos, ao gosto. Enfim. Ao mesmo tempo, os processos de produção modernos tornam as peças com bom design mais acessíveis, nos levando ao reaproveitamento intenso de materiais, impressão, etc.

A.C: Para terminar nosso papo quais são as suas dicas para os criativos, para quem está começando na área, em blogs, sendo designer, dev, publicitário (do meio)?

Yassuda: Mais do que ser interessado, faça algo também por amor, por vontade de crescer, de aprender algo. Esperar um emprego perfeito que vá ter tudo o que você gosta e ainda vai pagar por isso é um sonho que quase ninguém alcança. Tem um monte de ferramentas por aí, um monte de oportunidades para criar algo próprio e muitas vezes ficamos esperando sentados na cadeira de uma agência ou escritório de design à espera do briefing perfeito que nunca chega. Pois é. No meu caso, só aconteceu depois de muito tentar em projetos bem pessoais, externos, extracurriculares, enfim, chame como quiser. Mas tenha um.

Conheça o trabalho do Luiz Yassuda: http://luizyassuda.com.br

Gostou do nosso papo? Deixe seus comentários, sugestões e até a próxima.

Beijos.

Ana Carolina

Ana Carolina

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