Home Office: a Revolução no Trabalho

Ao longo de toda a História, as dinâmicas sociais do trabalho sofreram várias alterações – como o advento da agricultura, por exemplo, que permitiu a transição das sociedades nômades (e seminômades) baseadas em caça e coleta para o surgimento das primeiras cidades, num estilo de vida sedentário.As chamadas Revoluções Industriais (principalmente a partir do século …

Ao longo de toda a História, as dinâmicas sociais do trabalho sofreram várias alterações – como o advento da agricultura, por exemplo, que permitiu a transição das sociedades nômades (e seminômades) baseadas em caça e coleta para o surgimento das primeiras cidades, num estilo de vida sedentário.

As chamadas Revoluções Industriais (principalmente a partir do século XVII, na Inglaterra) fazem parte desse jogo de processos que alteraram radicalmente as relações de trabalho. A humanidade passou a produzir em maior quantidade e em menor tempo. Hoje, uma das principais reformulações das estruturas de trabalho é a tendência crescente do trabalho remoto (muito conhecido como Home Office).

Com a globalização, a informatização das várias atividades humanas tem sido uma das marcas mais fortes desde o século XX. A expansão da internet, cada vez mais um fenômeno universal (embora grande parte da humanidade ainda continue isolada dela), alterou muito as dinâmicas empresariais. O uso cada vez mais expansivo de computadores, aparelhos de telefone e outros utilitários eletrônicos permite a execução de várias tarefas de modo mais simples e eficiente.

Do escritório para a sala de estar

O ambiente empresarial convencional, o escritório com compartimentos e vários computadores nos quais cada funcionário executa tarefas delegadas por encarregados superiores, é o cenário mais comum no imaginário do conceito contemporâneo de trabalho (um tema presente em várias séries, filmes, videoclipes, etc.). Mas há várias críticas a esse modelo convencional que já começa a se deparar com dinâmicas laborais mais interessantes (e superiores).

Uma dessas dinâmicas é a do trabalho em casa, ou home office, que consiste, em termos simples, na execução das tarefas laborais no ambiente doméstico. Essa forma de trabalhar apresenta várias vantagens. Uma delas é a eliminação de dificuldades e gastos com locomoção. Por qual razão alguém deve enfrentar engarrafamentos pra chegar à empresa e sentar na frente de um computador, principalmente quando é possível realizar as mesmas tarefas em casa?

Não faz sentido limitar o trabalho a um único espaço e exigir o deslocamento da casa para a empresa (e vice-versa) quando os principais meios e instrumentos de desempenho das tarefas (computadores, smartphones, tablets, etc.) só depende da capacidade de conexão com a internet. É exatamente pelo aspecto mais lógico da modalidade home office, pela diminuição de custos e pela maior fluidez que várias empresas, no mundo inteiro, já adotam essa prática (parcial ou totalmente).

Algumas tendências globais

Numa pesquisa realizada pela AndCo, 55% dos profissionais entrevistados que trabalham remotamente ocupam posições de tempo integral. Esse é um número expressivo, já que essa modalidade estava (e ainda está) muito associada a uma forma de simples complemento à renda, mas não como a principal fonte de ganhos. Ou seja, o trabalho remoto está migrando cada vez mais de uma condição coadjuvante (secundária) para um protagonismo produtivo.

O trabalho remoto não se resume aos empregados, mas também aos empregadores. Na China, 65% dos empresários afirmam adotar o trabalho remoto durante ao menos 2,5 dias da semana. Os asiáticos estão na liderança dessa tendência. Os dados (relativos a 2017) divulgados pelo Statista mostram os EUA na 7ª posição (52.6%), seguidos pelo Brasil (51%). A média global de empresários que usam o trabalho remoto ao menos parcialmente é de 54.3%.

Para os empregadores, adotar o home office significa acessar um mercado global e uma quantidade maior de talentos disponíveis (além de economias com vários custos relacionados a um espaço de trabalho convencional).

Os doze trabalhos de um Hércules freelancer

O ecossistema do home office não é um paraíso. Há muitas comodidades, mas pra cada uma delas há um (ou vários) desafio. Para o trabalhador (geralmente, freelancer), há menos garantias de estabilidade e pode haver muita flutuação nos ganhos. É preciso construir uma rede muito forte ou uma carreira numa empresa consolidada para garantir que trabalhar remotamente seja um prazer, e não um martírio.

Os desafios ao empregado também se estendem ao empregador: as empresas precisam se adaptar e as diferentes legislações trabalhistas nos países devem ser observadas, o que representa certa dificuldade (ou complexidade) técnico-jurídica. A maior vulnerabilidade na segurança (malware, spyware, vírus, keyloggers, etc.) precisa ser observada, e as empresas e os funcionários devem receber treinamentos adequados sobre segurança virtual e sigilo de informações.

Nesse sentido, o uso de uma VPN (sigla para Virtual Private Network – Rede Privada Virtual) é um recurso bastante interessante para auxiliar não só nas dinâmicas de trabalho remoto, mas em todas as atividades que envolvem o uso de internet. Uma VPN é uma rede segura e criptografada, bastante comum em ambientes empresariais justamente por favorecer o sigilo das informações. Ao usar uma VPN, teste a velocidade da Internet com https://www.speedcheck.org para ver sua conexão rápida.

Alguns prognósticos – remotos

O home office é uma tendência global inevitável. Talvez essa seja a nova marca, o novo modo mainstream de trabalhar e contratar. Pode ser que trabalhar como freelancer deixe de ser algo sinônimo de um estilo “outsider”. Ou pode ser que essa modalidade continue num caráter secundário. Mas é inegável que a virtualização do mundo promoveu mudanças radicais no modo como trabalhamos e como enxergamos o processo de ganho da nossa renda, seja num escritório ou em casa. O importante é favorecer lógicas aprimoradas de relações laborais e integração global – e isso já está acontecendo.

Tudo aquilo que contribuir positivamente para as dinâmicas econômicas é mais do que bem vindo. Mas vale lembrar que o contato pessoal e a linguagem corporal ainda continuam indispensáveis – mesmo numa videoconferência.

Dalmir

Dalmir

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