Mercado de Artes no Brasil – Saiba mais com quem entende do assunto

Olá pessoal, eu tive a honra de conversar com Marlon Beraldo, artista nacional. Para o Designers Brasileiros ele falou do mercado, de como começou, deu dicas e muito mais, confere aí. Vamos falar de mercado? A arte brasileira anda crescendo muito nos últimos anos, tanto no mercado externo como no mercado interno. Principalmente o mercado …

Olá pessoal, eu tive a honra de conversar com Marlon Beraldo, artista nacional. Para o Designers Brasileiros ele falou do mercado, de como começou, deu dicas e muito mais, confere aí.

Vamos falar de mercado?

A arte brasileira anda crescendo muito nos últimos anos, tanto no mercado externo como no mercado interno. Principalmente o mercado externo, devemos aproveitar essa valorização da arte nacional, desenvolver e investir como artista, e na descoberta da sua arte.

Nesse meio as pessoas gostam do novo e isso é de grande valia. O mercado externo ainda é mais aberto ao novo, ao arriscado. O mercado interno ainda é mais fechado, o que leva muitos dos novos artistas a desenvolverem melhor seu trabalho lá fora para depois entrar no nosso mercado.

“Retrato Do Artista Quando Coisa – Manoel de Barros
A maior riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou – eu não aceito.
Não agüento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.”

SOBRE MARLON BERALDO

Passei 3 anos da minha vida cursando o ensino médio junto com o curso de técnico agrícola, na fundação Shunji Nishinura de Tecnologia em Pompéia – SP. Com uma rotina rígida, podendo sair 1x por mês, produzindo tudo que comemos, diversas atividades diárias que começavam Às 05:30h e terminavam às 22:00h. Mesmo lá eu estava sempre desenhando e pintando alguma coisa, nem que fosse na terra, vendo imagens etc.

Quando conclui o técnico fui estagiar em duas fazendas nos EUA, uma em Winsconsim e outra em Iowa. Trabalhava até 18hs por dia e ganhava cerca de 350 dólares/mês, mas nunca parei de desenhar. Quando retornei ao Brasil, comecei a cursar Arquitetura no MS, por não acreditar e aceitar que eu poderia sobreviver da arte.

No 3º ano transferi o curso para SP, e já comercializando a minha arte para particulares, algumas apresentações e até uma exposição no SESC MS.

Depois de 2 anos, numa segunda-feira chuvosa,  fiquei 6 horas preso no trânsito e mais 2 para voltar pra casa resolvi largar tudo e me jogar nas artes.

Me dei o prazo de 2 anos, para me estimular e me empenhar, após isso, se não desse certo, tentaria ser “normal”.

Quando me dei conta, se foram 4 anos.

Nessa caminhada, fui aos poucos fechando trabalhos, participando de editais, batalhas de arte, murais texturizados em 3D para ambientes fechados, trabalhos nas áreas de arquitetura e moda.

Uma amiga, Maria Cecília, me ofereceu um espaço na Vila Madalena para montar meu studio, o que me ajudou muito, pois não tinha espaço para produzir em casa e aonde expor meus trabalhos, o problema foi montá-lo, eu não tinha o mínimo para estruturar e nem grana.

Pedi a ajuda de um amigo, o Joab, de Caarapó – MS, que também é artista e fez uma casa na arvore, de 25m2 sem cortar um galho.

Juntos, em uma semana recolhendo material nos ecopontos, montamos todo o estúdio.

Hoje curso Artes na Belas Artes e ainda recebo incentivo artístico deles para estudar, sempre em busca de aprimorar e saber mais.

DIFICULDADES E INSPIRAÇÕES

 Primeiro e fundamental: entender que é difícil ser artista.

É difícil ser artista, é difícil ser artista!

Hoje milhares de informações nos pulverizam, são imagens, ideias, símbolos a todo momento.

Há também o preconceito sobre que artista é louco, vagabundo e até mesmo há descrença com a arte.

A arte em toda forma nos torna vivos, nos capacita e nos faz vivos nos dando energia.

Sou disléxico e hiperativo, e meu processo criativo é o único momento que não me permito procrastinar.

Mas é difícil.

Mas consigo cumprir todos os prazos e acordos fechados. Aos poucos tudo vai acontecendo e os sonhos se concretizando. É quase imperceptível, um degrau todo dia.

Outro ponto importante é saber trabalhar o dinheiro, pois tem meses que os negócios são ótimos, tem meses sem fechar algo.

Desde a época da escola eu já buscava em ter um traço híbrido, buscava ver a arte no cotidiano, música, quadrinhos, na minha família com a minha mãe e meu tio, que também são artistas.

Mas uma figura ímpar foi meu pai que sempre deixou claro em palavras, que pra sermos felizes temos que fazer o que nos deixa feliz de verdade, pra não  ser frustrado em vida!!!

Nesse sentido, em ter minha identidade como artista, de maneira singular e de fazer uma arte que qualquer pessoa pudesse “me achar”, ao me ver através dela, criei uma técnica mista, de cola, sobreposições, pigmentação de massa e cola tridimensional. Sou precursor dessa técnica, tanto aplicada na tela quanto aplicada na rua ou na arquitetura – muralismo espatulado em alto relevo.

Minha arte é feita para qualquer pessoa, para qualquer ambiente, ela esta aberta para quem esta aberta a ela.

Essa abertura que eu busco através dela não tem o intuito de agradar, mas sim por querer me comunicar através dela.

Gostou do post? Deixe seu comentário e até a próxima!

Ana Carolina

Ana Carolina

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