Um logo bonito não salva o seu negócio

Mais identidade visual e menos logos, por favor Antes de mais nada, não vou entrar em discussões sobre o que é logotipo, “logomarca”, imagotipo, isotipo, isologo, etc. Para conseguir escrever esse texto sem maiores tropeços, chamarei, nesse caso, qualquer símbolo que represente uma empresa, serviço ou produto, simplesmente de “logo”, ok? [mks_separator style="dotted" height="4"] Designers …

Mais identidade visual e menos logos, por favor

Antes de mais nada, não vou entrar em discussões sobre o que é logotipo, “logomarca”, imagotipo, isotipo, isologo, etc. Para conseguir escrever esse texto sem maiores tropeços, chamarei, nesse caso, qualquer símbolo que represente uma empresa, serviço ou produto, simplesmente de “logo”, ok?

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Designers que atendem micro e pequenas empresas sabem que há uma demanda incrível de trabalho relacionados a construção de logos. Basta entrar em qualquer website de freelancers e vai ver que boa parte das oportunidades lá expostas são relacionadas a logos.

Bacana, né?
Nem tanto.

Grande parte desses clientes buscam apenas um signo ou ícone que represente o seu negócio e não um logo de verdade. Normalmente esse signo é escolhido baseado no gosto pessoal do cliente ou na sua própria percepção do negócio. Não é à toa que serviços como We Do Logos e similares tem tantos clientes, pois praticam essa desassociação, como se o logo existisse separadamente da identidade de marca.

Essa prática enfraquece as marcas e explico porquê.

Os clientes, muitas vezes, fazem uma relação insólita quando tentam comparar o seu futuro logo com o logo de outras marcas. Por exemplo: o cidadão chega na reunião com um computador da “maçãzinha”, camiseta com “jacarézinho”, tomando café da “sereiazinha”, te informa que quer pagar 200 dilmas por um logo na mesma “pegada” da Nike.

Peraí. Por que despende tanto dinheiro valorizando outras marcas e quando se trata da sua própria não dá valor algum?

Acha mesmo que Apple, Lacoste, Starbucks e Nike chegaram onde estão sem investir em design?

Algumas coisas precisam ser compreendidas:

Logo não é marca

A marca são todas as percepções do público com relação a sua empresa, produto ou serviço. A marca ganha vida na mente do consumidor. As emoções que provoca e as ações que estimula. Tudo.

O logo é uma peça da identidade visual da marca, ou seja, faz parte de como sua empresa é vista. Em caso de famosas marcas globais, o logo acaba ganhando muito mais protagonismo pois é a forma mais instantânea de reconhecimento da marca e remete diretamente aos valores e qualidades que ela representa.

Sendo assim, ter um logo maravilhoso esteticamente é ineficaz se a sua empresa não tem uma marca estruturada, se não é vista como sinônimo de qualidade ou não atende as demandas do público. Por essa razão é preciso ter um alinhamento entre a marca e o logo.

Identidade visual > Logo

A preocupação do cliente deve deixar de ser com o logo e passar a ser com a identidade visual. Ter um logo bacana e expressivo aplicado em materiais despadronizados e inapropriados é um enorme descaso com a marca.
É preciso haver uma harmonia visual para que todos pontos de contato tenham a mesma linguagem e comuniquem em uníssono.

Um logo bonito não salva o seu negócio
Brand Touchpoints — Designing Brand Identity, Alina Wheeler, 2009. Pág. 3

Cores, formas, tipografia, ícones, interações, tudo comunica.
A partir do momento que os pontos de contato com o consumidor estiverem padronizados visualmente, a comunicação converge de forma natural.
Aí reside a importância da unificação visual através da identidade de marca.

Sendo assim:

Clientes: revejam seus conceitos. Um logo bonitinho não faz mágica. Invista um pouco mais em uma identidade visual pois os ganhos em termos de credibilidade e valor de mercado são óbvios. Uma identidade visual consistente transparece profissionalismo e respeito com o consumidor.
O diferencial da sua empresa pode estar no design!

Designers: tenham paciência e evangelizem seus clientes. Tentem estabelecer um diálogo e mostrar as vantagens do investimento em uma identidade visual. É uma experiência excelente para ambos os lados, pois o cliente fica com um trabalho que gera resultados, e você com um case estruturado e relevante para inserir no seu portfólio. 🙂

Fonte: TRENDR


Matheus Moura

Versado nas artes ocultas do inconformismo passivo e protesto indoor. Insatisfeito e inatleta. Designer, diretor de arte, sem noção.

Dalmir

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